sábado, 26 de dezembro de 2009


Auto retrato (julho 2009) - Não eu mas o que faço. A aliança que é simbolo, a veia que liga ao coração.
Este trabalho em Arte Digital foi realizado para a Edição Porto Alegre do Projeto Ace Autorretratos - Argentina sob coordenação da Artista e Professora Alicia Candiani, ver em
www.proyectoace.com.ar/home

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Agonia de Dédalo (2009) - Serigrafias sobre papel

O momento congelado, a aflição e a incerteza do voo, visto pela perspectiva do pai que deve lançar seu filho a liberdade.

Aqui começo a utilizar os mitos como tema em meus trabalhos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Religar - De alguma forma precisamos

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Flutua, asa transparente, voa separada pelo céu, manchado de azuis, vermelhos, laranjas, amarelos, mesclados em superfície. (Trabalho Leve Peso - 2008).

Este é um dos meus trabalhos onde procuro relacionar os efeitos da Leveza e do Pezo utilizando para isto a cor, a forma e a memória visual do espectador (elementos figurativos utilizados).
O que eu penso sobre arte


Discussões a parte, o inegável é que existem diferentes estilos artísticos, ligados a vida pessoal, ao local, ou ao tempo. Dependendo da época a arte tinha aspectos e caracteristicas diversos nem sempre aceitas pelo público.
Muitos culpam Duchamp pela atual condição da arte, mas o fato é que em algum momento na História alguém iria perceber o que ele viu, mais cedo ou mais tarde isto iria acontecer. O que noto é que de alguma maneira, de uma forma um tanto irônica, ele quis mostrar que podemos ver arte em objetos do cotidiano, industrializados, feitos em série que estão por toda a parte e quando os tiramos do seu lugar comum, este elemento destacado recebe outro olhar, a aura da arte.

Talvez isto tenha iniciado no cubismo quando Picasso e Braque começaram as suas colagens, tirando elementos reais (rótulos, jornais, anúncios) para compor as suas obras, provavelmente eles já faziam um ensaio para os readymades de Duchamp, no entanto eles transformavam ao invés de usar o objeto simplesmente.

Duchamp foi comparado a Leonardo da Vince por Calvin Tomkins em seu livro DUCHAMP pois ambos acreditavam que arte era "cosa mentale".

Estes artistas, separados pelo tempo, tinham uma inteligência e sensibilidade extraordinárias. Temos a facilidade de enxergar isto em Da Vince, mas uma dificuldade significativa para ver isto em Duchamp, pois muitas vezes não dissociamos arte do fazer, da maestria.Hoje nem sempre este é um fator indispensável, porém continua sendo importante dependendo da proposta do trabalho artístico. Além disso também temos a tendência em achar que arte estaria ligado aquilo que é belo, ao deleite para os olhos, algo que Duchamp desprezava dizendo que não gostava da arte puramente"retiniana".

Toda esta explanação é importante para pensar o que é a arte visual hoje.
Nosso mundo, inundado de imagens, que nos influenciam a todo momento. Imagens usadas pela mídia, pelo desing ligado a industria, pelas grandes corporações em suas marcas. Tudo isto é arte e Duchamp alguém sensível a velocidade do mundo moderno ao consumo que crescia foi como um profeta, alguém a frente do seu tempo e por isto a arte contemporânea ainda está diretamente ligada a ele e acredito que não se pode fazer arte hoje sem pensar que aquilo que se vê emite um pensamento, cada um a sua maneira em diferentes níveis.
Hoje arte NÃO pode deixar de ser "COSA MENTALE", como nunca deixou de ser quando tinha um propósito, seja para assombrar as pessoas da Idade Média, ou para recuperar o conhecimento Grego no renasciomento, seja nas gravuras de Góia ou nas pinturas de Velazquez ou nas de Norman Rockwell.
Talvez a razão ou o motivo pelo qual faziam arte, não interessando se era útil ou não, o que realmente os estimulava, era provavelmente o CONCEITO que já estava aí embutido sem que se percebesse, embora muito posteriormente isto tenha sido definido, somando-se a isto a vontade de dominar a técnica, e fazer o NOVO. Antes de continuar esta explanação vou fazer um parêntese para pensar sobre o que é Arte Conceitual, vou utilizar as palavras do site do Itaú Cultural:

"Para a arte conceitual, vanguarda surgida nos Estados Unidos e Europa no fim da década de 60 e meados dos anos de 1970 , o conceito ou a atitude mental tem prioridade em relação a aparência da obra. O termo arte conceitual é usado pela primeira vez num texto de Henry Flynt, em 1961, entre as atividades do grupo Fluxus. Neste texto, o artista defende que os conceitos são a matéria da arte e por isto ela estaria vinculada a linguagem..."

http://www.itaucultural.org.br/AplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3187

Isto me lembra a 7a Bienal do Mercosul - Grito e Escuta que teve no MARGS uma bela retrospectiva da arte deste perído destacando inclusive artistas brasileiros.

Hoje já avançamos 50 anos desde o início da Arte Conceitual e como não acredito que temos a opção OU e sim a E que soma e agrega penso que hoje o artista que se preocupa com o que o outro vê, e também tem o seu propósito se assim podemos chamar a sua motivação, aquele que tem um objetivo (que nem sempre é tão claro no momento da criação) não pode deixar de pensar na forma, na cor, e até quem sabe no cheiro, no som, no rítmo, e na relação das imagens com o expectador, ou com as relações que ele mesmo faz em sua obra.

Também podemos dizer que nem sempre o artista está preocupado com a recepção do público basta ver o que aconteceu na França do final do século XIX início do séc. XX com o fauvismo. Os les fauves ou animais selvagens como foram rotulados estavam mais interessados em explorar a cor do que saber qual seria necessariamente a reação do público. E hoje isto não é muito diferente, o artista na maioria das vezes, se interessa mais na sua arte, na sua busca do que propriamente no que o outro verá ou sentira, pois a relação que ele poderá ter diante do seu trabalho nem sempre será a mesma de quando ele estava criando. Ele muitas vezes tentará cercar de alguma maneira usando elementos reconhecíveis ou através da cor (dependendo da cultura) aquilo que ele tenta transmitir.

Na minha arte eu quero atrair num primeiro olhar, fazer com que ele, o espectador, pare por um instante e possa pensar, refletir, guardar na memória, associar, brincar olhando, ter prazer em ver sem que seja banal. Quero que saia dali cheio de vida dentro de si, um pouco mais completo.

Hoje posso querer que a matéria da minha arte seja o Conceito como também, me superar dominando o pincel ou o mouse e os dois ao mesmo tempo. Penso que devo estar olhando ao meu redor, traduzindo os sentimentos que estão na minha mente e no meu coração em imagens.

Meu trabalho pode ser ilustrativo, isto não me incomoda já que também vejo arte como uma maneira de Comunicar o Incomunicável.

Sendo assim vivo arte para viver e fazer viver.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009




Aqui se pode ler sobre arte, ver arte, sentir, emocionar-se, horrorizar-se, chorar, pensar...
Arte nem sempre é fácil, nem sempre é bela, nem sempre é invenção ou sublimação.
Pode ser tudo mesmo sendo nada.